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domingo, 12 de abril de 2015

As pontes que sigilam secretos segredos

Foto de Kiko Neto



Quando atravesso os paralelepípedos singulares e seculares ao cruzar a estreita Ponte da Cadeia eu sinto o quanto a minha relação também é estreita com D’El-Rey...

As pontes de São João têm histórias distintas – cada uma delas conserva uma fase de nossas vidas – da infância à madureza – todas sigilam em suas psicosferas o que nós vivemos em cada uma dessas fases.

E são tantas e tão senhoras de si: a da Estação, a Benedito Valadares, a do Teatro Municipal, a da Cadeia, a do Suspiro, a do Rosário, da Biquinha, do São Caetano, a que liga a General Osório – minha morada por inesquecíveis 20 anos – ao caminho para a paróquia de São José e, próximo desta, a Ponte da Rua São João... tantas e cada uma sigilando o que nelas vivemos.  

Passados 34 anos em que estou ausente de minha terra
Eu não me vejo existir sem a sua presença...
São João D’El-Rey representa muito desta minha existência...

Oh D’El-Rey como anseio voltar a cruzar suas pontes
A fazer moradia perene em sua alma até que outra existência
Faça-me renascer de novo em seu seio.

Quando paro em sua metade esquerda, adorável Ponte da Cadeia, onde você mantém em relicário a Cruz do Cristo e expando minha visão, vislumbro a outra Ponte tão parecida com você – a do Rosário – bate-me uma saudade tão incontida que parece não vou suportar...


Descendo aquela Ponte eu vou estar em minhas raízes...

Oh Tijuco de minha infância e juventude
Como esquecer-me de você quando fora de seu âmago
Que aprendi valores tão essenciais para o que adviria em minha vida quando – pelas contingências das existências – eu precisei daí apartar-me?...



Como esquecer-me de você meu emblemático Tijuco
Se fora de você que me vi filho de Degão e de Maria Cardoso – minha Estrela Maior;
Espíritos que pela graça do Eterno vieram como meus pais...

    
Passados 34 anos em que estou ausente de minha terra
Eu não me vejo existir sem a sua presença...
São João D’El-Rey representa muito desta minha existência...

Oh D’El-Rey como anseio voltar a cruzar suas pontes
A fazer moradia perene em sua alma até que outra existência

Faça-me renascer de novo em seu seio. 

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