O CAMINHO DO PÓLEN
... com a chuva chega também a noitinha e o espocar dos lampiões seresteiros que douram ainda mais suas auréolas - guardiães de segredos conjurados pra se alcançar uma liberdade ainda que tardia...
Paralelepípedos que acalentam as sinuosidades das vielas de minha d'El-Rey ganham reverberações de seus adornos... casarios que acompanham o serpentear daquelas veredas e que sagram secretos brados por independência ( do escravagismo; da colônia sobre a Coroa; do Eu sobre os egos; do tão enraizado racismo estrutural em todas as suas facetas...)...
Na calada da noite um andarilho segue resoluto ao meio da estreita rua sem temer qualquer perigo; e vai sussurrando:
*"Na beleza, eu caminho.
Com a beleza à minha frente, eu caminho.
Com a beleza atrás de mim, eu caminho.
Com a beleza acima de mim, eu caminho.
Com a beleza abaixo de mim, eu caminho.
Com a beleza em todo o meu redor, eu caminho.
Com a beleza dentro de mim, eu caminho.
E termino na beleza...
E termino na beleza".
Fernanbas - Fernando Batista Santos
Crédito Foto: São João del Rei, olhares do cotidiano
* O Caminho do Pólen no Trabalho
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