O Impermanente e o Permanente
Aqui, as mais das vezes, sempre estamos
assim...
Meio copo cheio e meio copo vazio... Faz parte de nosso estado atual...
Nem tudo que ligamos à felicidade é felicidade, mas uma leve brisa de alegria...
A felicidade nunca é momentânea e passageira e então já podemos aduzir com bastante acuidade que ela - a felicidade - não é impermanente como estamos agora.
Já a alegria é um sentimento passageiro: acabou-se o móvel para aquele sentimento, também acabará a alegria...
Nem sempre que estamos tristes é motivo de pensarmos em depressão; a tristeza tal qual a alegria é um sentimento passageiro, já a depressão é este sentimento adoecido, mas também é passageira por mais longa que se apresente...
O que é permanente não é alegre; nem triste e muito menos depressivo... É sempre FELIZ!
Muitas vezes nos vemos sozinhos; isolados de todos - causando apreensão aos que nos amam devido àquilo que pode ou não ser uma solidão... solidão e solitude são sentimentos passageiros também; mas há diferenças: enquanto aquela é involuntária e pode-se configurar duradoura e com efeitos mórbidos; esta é voluntária e salutar - uma catarse e uma meditação, por exemplo, pedem a solitude!
O que é permanente não é alegre; nem triste e muito menos depressivo... É sempre FELIZ!
Não precisa de momentos de solitude e muito menos se deixa cair na vala rasa da solidão porque está em incessante edificação do bom - do belo e do harmônico...
Santo Agostinho nos recomenda a olharmos o céu negro da noite, salpicado por estrelas e, de cabeça erguida e com os olhos da carne fechados, dirigirmos uma prece ao ETERNO clamando pela possibilidade de, depois desta existência carnal, podermos renascer em plagas onde o impermanente asfixie nossa essência PERMANENTE ao menor grau possível.
Ad Majorem Dei Gloriam
Fernanbas - Fernando Batista Santos
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